O que é epilepsia?
É uma condição que leva a pessoa a ter crises convulsivas repetidas. Convulsões são causadas por uma atividades elétrica anormal no cérebro. Ao ter convulsão, você pode ter abalos musculares súbitos, desmaiar ou ficar temporariamente com o comportamento estranho.
Mulheres com epilepsia podem ter uma gravidez normal?
Sim, a maioria das mulheres epilépticas não enfrentam maiores problemas durante a gestação.
Se você tem epilepsia e deseja engravidar, converse previamente com seu médico para receber as orientações adequadas e minimizar os riscos para você e seu bebê.
O que preciso fazer antes de engravidar?
É muito importante conversar com seu médico antes de engravidar. Assim seu tratamento poderá ser avaliado, inclusive para verificar se é necessário realizar a troca ou dose da medicação anti-convulsivante. Alguns destes remédios podem ser tóxicos para o bebê, inclusive ocasionando mal-formação no feto.
Com isso seu médico poderá trocar sua medicação, ou reduzir a dosagem, ou até mesmo manter o uso da mesma forma habitual, dependendo de cada caso.
Nunca interrompa sua medicação por si só, sem orientação médica adequada. Interromper a medicação, sob orientação médica, pode ser uma opção em pacientes que não apresentam crises há muitos anos, ou possuem tipos de crises mais benignas, que podem melhorar com o tempo, ou apresentam exames como EEG e exames de imagem sugerindo que a chance de ocorrerem novas crises é baixa.
Além disso, possivelmente será prescrito uma vitamina, ácido fólico (vitamina B9). Toda mulher deveria fazer uso desta vitamina antes de engravidar, pois ela reduz o risco de mal formação do tubo neural, a estrutura primordial que dará origem ao sistema nervoso no embrião, e que se forma nas primeiras semanas de gestação, quando muitas mulheres nem sabem que estão grávidas ainda. O uso do ácido fólico também parece reduzir o risco de desenvolvimento de autismo na criança.
Como a epilepsia pode afetar o meu bebê?
Crises convulsivas durante a gravidez podem causar mal ao bebê. Podem ocasionar quedas ao desmaiar, com trauma ao útero gravídico. Além disto, durante algumas crises convulsivas, a oxigenação pode reduzir, o que pode afetar o desenvolvimento do bebê.
A gravidez afeta a epilepsia?
Geralmente não. Mas algumas mulheres podem ter mais crises durante a gestação ou logo após o parto. Sempre é importante seguir as recomendações médicas quanto ao uso correto da medicação anti-convulsivante.
Como posso reduzir as chances de ter uma crise convulsiva durante a gravidez?
Precisarei de exames durante a gravidez?
Sim, Serão necessários exames para checar a saúde do bebê. Estes exames serão solicitados no pré-natal pelo obstetra, mas exames para avaliar as dosagens de anti-convulsivantes deverão ser solicitados pelo seu neurologista.
A gravidez pode reduzir a quantidade de medicação no seu sangue, e algumas vezes pode ser necessário o aumento da dose das medicações. Se as doses dos anti-convulsivantes ficarem muito baixas, aumentam os riscos de ocorrerem uma crise convulsiva.
Poderei ter um parto normal?
A maioria das mulheres epilépticas tem parto normal, vaginal. Epilepsia não é um motivo para a realização de uma cesariana. É incomum de ocorrerem crises convulsivas durante o parto. Mesmo se ocorrerem, seu médico estará perto e ajustará as medicações conforme a necessidade.
Meu bebê será saudável?
Se você está em boa saúde, e a epilepsia está sob controle durante a gravidez, o mais provável é que seu bebê tenha muita boa saúde.
Poderei amamentar o meu bebê?
Sim, a maioria das mulheres podem amamentar mesmo tomando anti-convulsivantes. Mas é sempre importante estar informando o médico a respeito do seu estado de saúde e do bebê, além de buscar dormir o melhor possível. Algumas vezes, ter que amamentar o bebê atrapalha muito o sono, então é importante ter um outro adulto ajudando na amamentação com mamadeira para que você possa em determinados horários do dia dormir e descansar apropriadamente. Durma ao mínimo 4 horas seguidas, cada noite.
É sempre uma boa ideia tirar uma soneca a mais sempre que possível.
Se você tem crises frequentes, siga estas dicas para reduzir problemas que possam afetar o seu bebê:
- troque as fraldas do seu bebê no chão. Desta forma, se você tiver uma crise, seu bebê não terá o risco de cair
- tenha alguém lhe acompanhando enquanto for dar banho no seu bebê
- conte ao pediatra do seu filho que você tem epilepsia, para que ele compreenda a situação
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