O que é epilepsia?
É uma condição que leva a pessoa a ter crises convulsivas repetidas. Convulsões são causadas por uma atividades elétrica anormal no cérebro. Ao ter convulsão, você pode ter abalos musculares súbitos, desmaiar ou ficar temporariamente com o comportamento estranho.
A epilepsia pode iniciar em qualquer idade.
Quais são os sintomas?
Existem diferentes tipos de crises convulsivas, portanto os sintomas podem variar. Geralmente as crises duram alguns segundos ou poucos minutos. Crianças com crise do tipo tônico-clônica, geralmente desmaiam, ficam com postura rígida e dura dos membros e a seguir iniciam movimentos de abalos musculares rápidos e repetidos. Outros tipos de crises podem ter sintomas mais amenos, podendo afetar apenas a face, ou um lado do corpo. Na crise de ausência, a criança não chega a desmaiar nem a apresentar abalos musculares convulsivos, mas fica aérea, fora de contato, por um período muito breve.
Algumas vezes alguns bebês apresentam crises que se assemelham a alguns sustinhos, mais comuns de ocorrerem durante o sono.
Certas vezes, pessoas com epilepsia podem ter alterações sensitivas que precedem a crise, chamadas de auras. Exemplos disto são alterações visuais ou olfatórias, como um cheiro ruim sentido apenas pela pessoa epiléptica, momentos antes de ter a crise.
Se meu filho tiver crise convulsiva, ele precisará de exames?
Sim. Exames são necessários para diagnostica a causa da crise. Portanto geralmente é necessário:
Como a epilepsia é tratada em crianças?
Geralmente a epilepsia em crianças é tratada com medicamentos anti-convulsivantes. Estas medicações não curam a epilepsia, mas podem reduzir a chance de ocorrerem crises convulsivas.
A medicação certa para o seu filho vai depender do padrão de crise que a criança apresenta, entre outros fatores.
As medicações anti-convulsivantes geralmente tem bons resultados para controle das crises, mas caso não haja um controle adequado podem ser necessários outros tratamentos. Entre as opções de tratamento para os casos refratários estão:
O que eu preciso saber sobre os medicamentos anti-convulsivantes?
Estas medicações podem ter efeitos colaterais, que nem sempre ocorrem. Eles dependem da resposta do organismo da criança, bem como da dose e interação com outras medicações. Estes efeitos colaterais podem deixar a criança com tonteiras, cansadas e indispostas e precisam ser reportadas ao médico assistente para avaliar a regulagem da dose ou troca da medicação em alguns casos. Muitas vezes estes efeitos colaterais ocorrem no início do tratamento, e logo após poucos dias de adaptação eles podem ceder.
Efeitos colaterais mais graves incluem rash cutâneo, uma vermelhidão na pele. Caso isto ocorra, o médico deve ser procurado imediatamente.
Sempre informe ao médico da criança o uso do anti-convulsivante, pois outras medicações como antibióticos podem interferir em seu funcionamento, e crises convulsivas podem ocorrer.
Muitas vezes são necessários exames de sangue regulares para avaliar elementos do sangue como leucócitos e plaquetas que podem sofrer interferência de alguns anti-convulsivantes, e também para realizar a dosagem do nível da medicação no sangue.
O meu filho precisará tomar medicação o resto da vida?
Provavelmente não. Muitas crianças, à medida em que crescem e desenvolvem e amadurecem o sistema nervoso, regridem as crises convulsivas.
Mas nunca interrompa o tratamento sem consultar o seu médico.
Como posso evitar que meu filho tenha mais crises convulsivas?
A primeira medida a ser seguida é o uso regular da medicação, conforme a prescrição médica. A causa mais comum de falha no tratamento é a falta da medicação. Mesmo o atraso da dose pode diminuir o efeito no organismo e ocasionar uma crise convulsiva.
Caso ocorram efeitos colaterais ou você tenha dificuldade de comprar a medicação, converse com seu médico. Sempre há formas de resolver este problema.
Oriente seu filho a dormir adequadamente! A falta de sono aumenta o risco de um paciente ter novas crises convulsivas.
Também a alimentação influencia. Uma dieta saudável é essencial, e o mais importante é não ficar longos períodos sem se alimentar (risco de hipoglicemia) e sem se hidratar.
Evite o uso de álcool e não use drogas. Elas interferem no metabolismo dos medicamentos anti-convulsivantes.
Quando eu devo procurar um médico?
Seu médico realizará um plano de tratamento para acompanhamento e tratamento da epilepsia. inicialmente, principalmente quando se inicia uma nova medicação, são necessárias consultas mais próximas, para checar os resultados, efeitos colaterais e ajustes de dose. À medida que as crises estiverem controladas, as consultas serão mais espaçadas.
Se o seu filho apresentar uma crise, no padrão habitual, de duração curta, num período de tempo desde a última crise de cerca de 4 a 6 meses, não há necessidade de se apressar em consultar o médico. Caso as crises se tornem frequentes, ou o padrão se modifique, procure o médico da criança para uma reavaliação.
Algumas crises são emergências médicas! Se seu filho apresentar uma crise que dure mais de 5 minutos, ou se houver crises repetidas sem que ele acorde, chame uma ambulância para ir ao hospital imediatamente.
Sempre é importante avisar os contatos da criança, como professores, desta condição, para o caso de houver uma crise e você não estar presente. Uma estratégia inteligente é usar um bracelete com o seu contato de telefone para o caso de uma emergência.
Sempre se informe com seu médico a respeito do tratamento da epilepsia e como proceder no caso de novas crises. É de grande auxílio um diário para controle das datas onde ocorrem as crises. Também ajuda bastante para a escolha do medicamento mais adequado se a crise for flagrada e filmada por um acompanhante. Assim seu médico conseguirá distinguir melhor qual o tipo de crise a criança está apresentando e o melhor tratamento.
Converse com o seu filho sobre a epilepsia. Ainda hoje este tema tem certo preconceito, e mistificação. Tranquilize ele a respeito disso e desperte nele o encorajamento para seguir uma vida a mais normal possível. Converse com ele e com seu médico a respeito de atividades que precisem ser evitadas, e sobre os sintomas e efeitos colaterais que ele possa estar sentindo.
Como socorrer uma criança em uma crise convulsiva?
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