O que é um tumor cerebral?
O tumor cerebral, como qualquer outro tumor, é uma coleção de células que se multiplicam em uma taxa rápida. O tumor pode causar um efeito compressivo sobre as estruturas do sistema nervoso, atrapalhando suas funções, ou infiltrar células sadias, o que também pode levar a algum distúrbio neurológico.
Tumores cerebrais podem ser benignos ou malignos. Podem se desenvolver dentro ou fora do sistema nervoso. Mesmo um tumor benigno pode ser agressivo, causar lesão neurológica grave deixando sequelas ou até causar a morte, portanto pode ter um comportamento maligno.
Tumores benignos não são cancerígenos e tendem a crescer lentamente. Já os tumores malignos são cancerígenos e tendem a crescer rapidamente e se espalhar pelos tecidos circunjacentes. Apesar do tratamento eles tendem a recorrer, levando fatalmente à morte. Por este motivo estão entre os tumores mais difíceis de tratar. São classificados como primários, que se originam no próprio sistema nervoso, ou secundários, oriundos de metástases, iniciados em outras partes do corpo. As metástases cerebrais são os tumores mais frequentes no sistema nervoso, correspondendo a cerca de 50% dos casos. O tipo mais comum é a metástase do câncer de pulmão.
O que causa um tumor cerebral?
Os motivos que levam a formação de um tumor cerebral ainda não são bem compreendidos. O fator de risco melhor entendido que pode levar ao surgimento de um tumor é a exposição à radiação. Pesquisas também associam alguns tipos de tumores a alterações genéticas, condições mais raras que podem levar a um risco aumentado para desenvolver tumores.
Quais são os sintomas?
Os sintomas mais comuns são a dor de cabeça, convulsões, alterações na personalidade, desequilíbrio e incoordenação motora e fraqueza de um grupo muscular de um membro ou de uma metade do corpo. Às vezes também ocorrem náuseas e vômitos, e alterações na visão. Estes sintomas são causados pela compressão ou infiltração de determinadas estruturas no encéfalo, atrapalhando suas funções normais, portanto variam muito de acordo com a região afetada.
Tumores cerebrais podem não apresentar sintomas?
Sim. Devido às características físicas do cérebro podem ocorrer acomodação e complacência de outras massas e volumes dentro do crânio, até certo limite onde a pressão se eleva e aí sim se iniciam os sintomas neurológicos. Desta forma observamos muitos pacientes que só detectam tumores cerebrais depois que estes já estão grandes, ou muitas vezes os tumores são descobertos acidentalmente em exames de imagem, onde o paciente ainda não apresenta sintomas.
Como os tumores cerebrais são diagnosticados?
Frequentemente ocorrem um conjunto de sintomas que sugerem uma lesão cerebral focal ou difusa, podendo ser ocasionada por um tumor. Portanto, não necessariamente os sintomas apresentados são decorrentes de um tumor cerebral, sobretudo quando isolados, como é o caso da dor de cabeça. No caso da suspeita de um tumor um exame de imagem como uma tomografia ou ressonância magnética será solicitada para estudo da morfologia do sistema nervoso. Caso evidencie uma lesão sugestiva de tumor quase sempre está indicada uma cirurgia, que pode ser para retirada completa ou parcial, como uma biópsia, para obter material para estudo. Somente por meio do estudo do material colhido, avaliando as características das células, o chamado estudo anátomo-patológico, pode-se concluir que trata-se de um tumor cerebral, e ainda distinguir qual tipo, se benigno ou maligno.
Quais são as opções de tratamento?
As opções de tratamento variam bastante, de acordo com o tipo de tumor suspeito, o comportamento dele, localização, a evolução do quadro, e o perfil do paciente. Muitos tumores benignos não requerem um tratamento cirúrgico imediato, mas apenas acompanhamento, com exames de imagem seriados ao longo do tempo. Mas sempre que houver mudança no quadro do indivíduo, como uma piora dos sintomas, por exemplo, o tratamento deve ser reavaliado.
Alguns tumores localizam-se em partes muito profundas ou no tronco encefálico, tornando difícil sua remoção. Muitas vezes a remoção completa ou de grande parte do tumor pode encerrar sequelas neurológicas graves, portanto em todos os casos os riscos devem ser analisados muito bem junto ao benefício do tratamento cirúrgico, e todas as etapas do tratamento devem ser apresentadas e discutidas junto ao paciente, para que junto ao médico elejam uma melhora opção.
A radioterapia muitas vezes é empregada para tratamento logo após uma cirurgia de tumor cerebral, para impedir o crescimento do tumor. Quimioterapia também é utilizada algumas vezes. Diferente de outros tecidos, com a pele e o intestino, onde tumores são retirados com margem de segurança, no sistema nervoso a remoção precisa ser muito precisa, pois a retirada de tecido sadio pode causar sérios danos e disfunção neurológica. Além disso, muitos tumores são infiltrativos, e não apresentam bordas bem delimitadas com o tecido sadio, tornando difícil sua remoção completa.
Muitas vezes são empregados o uso de corticóides para a redução do inchaço que os tumores frequentemente exercem no tecido cerebral sadio. Por vezes é este inchaço que leva aos sintomas, e uma vez que o corticóide tenha resultado os sintomas podem reduzir e até desaparecer. Mas o indivíduo continua portando o tumor, e muitas vezes o crescimento do tumor pode atingir um patamar onde o corticóide não mais controla os sintomas. Além disto, esta medicação apresenta uma série de efeitos colaterais em diversas partes do organismo, e o seu uso deve ser feito de forma racional, junto a um neurologista ou neurocirurgião.
Frequentemente o seguimento do tratamento do tumor cerebral se dará em conjunto com o médico oncologista, que auxiliará nas melhores opções de tratamento disponíveis.
Vivendo com o tumor cerebral
Falta de controle e impotência são sentimentos comuns diante de uma doença deste tipo., partilhados não só pelos pacientes e familiares, mas também pelos profissionais que tratam e acompanham estes pacientes. Muitas pessoas acreditam que exercícios físicos, boa alimentação e atividades que reduzem o estresse podem ajudar a obter o senso de poder e controle novamente do indivíduo. Depressão é um transtorno comum entre pacientes portadores de tumor cerebral. Ela tem tratamento, por meio de medicamentos e terapia.
1- O tumor cerebral, por si só, já é uma doença completamente invasiva e ocasiona mudanças físicas, sociais e psicológicas na vida do portador. Em muitos casos, o tratamento deixa o paciente debilitado, impossibilitado ou limitado para realizar atividades até então consideradas normais em seu cotidiano. Existem vários tipos de tumor cerebrais. O importante é o diagnóstico bem feito para identificar quando é benigno ou maligno.
2- Os sintomas do tumor cerebral vão depender muito de sua localização, mas, basicamente, são formados por dor de cabeça, tonturas, alterações de equilíbrio, convulsões, déficit neurológico progressivo e confusão mental.
3- A grande maioria dos tumores cerebrais é oriunda de metástase de um tumor proveniente de outra localização.
4- Mesmo os tumores cerebrais benignos podem gerar, em um primeiro momento, medo no paciente e seus familiares, uma vez que seus sintomas são bem similares aos de um tumor cerebral maligno.
5- Apesar de ser o "centro de controle" de todo o corpo, a manipulação do tecido cerebral não causa dor.
6- Embora o percentual de prevalência não seja tão grande – incapacidade e índice de mortalidade – são importantes os alertas à população para a necessidade de um diagnóstico precoce, principalmente porque seus sintomas, em sua maioria, se confundem com os de outras doenças.
7- Ao sentir sintomas recorrentes, o paciente deve procurar um clínico geral ou neurologista, que pode encaminhá-lo a um neurocirurgião especialista em tumor cerebral.
8- A automedicação, além de mascarar e dificultar o diagnóstico do tumor cerebral, pode comprometer o prognóstico.
9- Em princípio, todos os tumores cerebrais podem ser tratados cirurgicamente, mesmo os benignos, cuja remoção completa poderá levar a cura da doença. Hoje, com o avanço da medicina, a neurocirurgia é realizada inclusive com cálculos físicos e matemáticos, que diminuem as chances de danos em outras áreas do cérebro.
10- A cirurgia com o paciente acordado, conhecida entre os especialistas como ‘awake craniotomy’, permite que o cirurgião tenha a localização em tempo real de regiões funcionais do cérebro, permitindo ainda a preservação destas regiões. É considerada padrão ouro para a identificação das áreas eloquentes, que correspondem às regiões motora, sensitiva e de linguagem.
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