O que é a doença de Parkinson?
A doença de Parkinson é um distúrbio do movimento que recebe o nome de um médico inglês que estudou seus sintomas, James Parkinson, e publicou em 1817 um artigo a respeito de 6 pacientes que sofriam de uma paralisia agitante. Trata-se de uma doença degenerativa, incurável, que afeta sobretudo a capacidade motora. Nos indivíduos com a doença, gradualmente ocorre a perda de uma substância, a dopamina, essencial para a conexão de neurônios que regulam as atividades motoras. Estima-se que a cada ano 60.000 pessoas serão diagnosticadas com a doença somente nos EUA, que já afeta cerca de 7 milhões de pessoas no mundo. A incidência da doença de Parkinson aumenta com a idade, mas cerca de 4% das pessoas diagnosticadas com a doença apresentam menos de 50 anos de idade.
O que causa a doença de Parkinson?
A causa ainda é desconhecida. Pesquisadores estimam que há envolvimento genético, mas também contribuição de fatores do ambiente. Pesquisas mostram que indivíduos com familiar de primeiro grau com a doença apresentam de 4 a 9% de chance maior de desenvolver Parkinson.
A doença decorrem da perda de neurônios que produzem dopamina numa região do encéfalo chamada de substância negra. Sem a quantidade adequada de dopamina a comunicação dos neurônios que integram um complexo circuito que regula os movimentos do corpo fica prejudicada.
Quais são os sintomas da doença de Parkinson?
Os principais sintomas são:
Como a doença de Parkinson é diagnosticada?
Não existe teste de laboratório ou exame de imagem que pode certificar que um indivíduo tenha doença de Parkinson. O diagnóstico é feito baseado nos sintomas e na evolução do quadro, afastando-se outras causas que possam levar a sintomas semelhantes. Por isso é essencial a avaliação adequada por um neurologista.
Quais são as opções de tratamento?
Não existe um tratamento padrão ou melhor para a doença e Parkinson. Medicações existentes tentam aliviar os sintomas de acordo com o quadro do paciente, melhorando a função e o desempenho para as atividades diárias. Todo o tratamento deve ser individualizado para cada paciente.
Nenhuma medicação até hoje mostrou-se eficaz para diminuir a progressão da doença, mas muitas podem controlar os sintomas. Muitas vezes pode levar um tempo até que seja identificado o melhor tratamento, após várias tentativas com diferentes tipos de medicações. As drogas utilizadas no tratamento variam principalmente entre a levodopa, selegilina, amantadina, pramipexol, entacapona. Estas medicações podem ser utilizadas individualmente ou em combinações, e a dosagem pode variar com o tempo e com o estágio da doença.
Também existe um tratamento não medicamentoso onde se emprega eletrodos implantados no cérebro causando estimulações elétricas que atuam na regulação do circuito afetado na doença de Parkinson. Este tratamento recebe o nome em inglês de Deep Brain Stimulation (DBS). Esta modalidade de tratamento se adequa a apenas cerca de 15% dos pacientes com doença de Parkinson.
A doença de Parkinson pode causar outros sintomas, além do distúrbio motor?
Sim, frequentemente observa-se sintomas variados associados com a doença, como alterações cognitivas, transtorno depressivo, transtorno de ansiedade, apatia, distúrbio de memória, alucinações, insônia, dificuldades na fala, salivação em excesso, constipação e incontinência urinária. Existem tratamentos para estes sintomas também.
Vivendo com a doença de Parkinson
Algumas modificações no estilo de vida podem ajudar os pacientes com a doença de Parkinson. Uma dieta balanceada ajuda a manter a saúde e energia, atividade física pode melhorar o tônus muscular e a força, sendo muito útil a natação e treinamento de marcha. Fisioterapia e fonoaudiologia também são empregados em alguns casos. Grupos de apoio podem ser encontrados online, onde pacientes e familiares compartilham suas experiências e dividem dicas e histórias que ajudam a superar desafios e confortar as dificuldades. Cuidar de um familiar com doença de Parkinson pode ser exaustivo, fisicamente e emocionalmente. Procure ajuda com amigos, familiares e profissionais adequados.
A doença de Parkinson
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